

Governo reage com tarifaço e coloca economia em risco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade Econômica, criada para permitir que o Brasil responda com tarifas equivalentes às impostas por outros países – especialmente os Estados Unidos, que elevaram em até 50% os impostos sobre produtos brasileiros. A medida é uma tentativa […]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade Econômica, criada para permitir que o Brasil responda com tarifas equivalentes às impostas por outros países – especialmente os Estados Unidos, que elevaram em até 50% os impostos sobre produtos brasileiros. A medida é uma tentativa de retaliação ao tarifaço promovido pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, mas levanta sérias dúvidas sobre os reais benefícios para o Brasil.
No papel, a lei dá ao governo federal poder para aplicar tarifas de forma “espelhada” – ou seja, se os EUA impuserem 40% de imposto sobre produtos brasileiros, o Brasil poderia fazer o mesmo. Mas na prática, isso parece mais uma jogada populista e mal calculada, que coloca o setor produtivo brasileiro em risco e pode agravar a já combalida economia nacional.
🔍 Um decreto que chega tarde, sem estratégia clara
O governo levou meses para reagir às medidas protecionistas americanas. Enquanto isso, setores como o agronegócio, celulose, aço e produtos industrializados já amargam prejuízos com a queda nas exportações. Agora, em vez de buscar uma solução diplomática ou fortalecer acordos multilaterais, o Planalto opta por uma retaliação comercial que pode iniciar uma guerra tarifária ainda mais danosa.
Mais preocupante ainda é que o decreto não especifica critérios objetivos para a aplicação das tarifas. Tudo ficará a cargo de um comitê interministerial que mistura interesses políticos e ideológicos, incluindo a Casa Civil, Relações Exteriores, Fazenda e Indústria. É um cenário perfeito para decisões mal pensadas, baseadas mais em conveniência política do que em racionalidade econômica.
📉 Quem paga a conta? O consumidor e o produtor brasileiro
Caso o Brasil realmente implemente medidas de reciprocidade contra os EUA, os efeitos podem ser sentidos diretamente no bolso do brasileiro. Produtos importados devem ficar mais caros, insumos industriais podem ter o preço elevado, e setores exportadores – que dependem de cadeias globais – sofrerão com retaliações em cascata.
Em vez de proteger a economia, o governo pode estar isolando ainda mais o Brasil do comércio internacional e afastando investidores. A insegurança jurídica e a instabilidade nas relações comerciais já são marcas do atual governo, e medidas como essa apenas alimentam a imagem de um país imprevisível e sem rumo.
🤦 Um tiro no pé?
A retórica de “responder com força” pode agradar parte da base governista, mas não esconde o fato de que o Brasil não tem musculatura econômica ou política para enfrentar os EUA de igual para igual. A iniciativa soa mais como uma jogada de marketing político do que uma política comercial séria e eficaz.
Enquanto isso, os empresários seguem à deriva, e os brasileiros, mais uma vez, observam o governo tomar decisões improvisadas que podem custar caro para o país inteiro.
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