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Política

MPE abre investigação para apurar suspeita de superfaturamento e desvio de recursos na gestão Kasarin em Colinas

Prefeito já enfrenta CPI e dois pedidos de impeachment em meio ao agravamento da crise política no município O Ministério Público do Estado do Tocantins instaurou, na quinta-feira (28), um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades na administração do prefeito de Colinas do Tocantins, Josemar Kasarin (União Brasil). A informação consta no Diário Oficial do […]


O Ministério Público do Estado do Tocantins instaurou, na quinta-feira (28), um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades na administração do prefeito de Colinas do Tocantins, Josemar Kasarin (União Brasil). A informação consta no Diário Oficial do órgão. A apuração mira um suposto esquema de corrupção envolvendo superfaturamento em licitações, repasses irregulares e desvio de verbas públicas.

A representação, encaminhada ao MPE ainda em novembro do ano passado, foi embasada em um vídeo publicado pelo canal On TV e em uma matéria do site Egobrazil — portal voltado principalmente ao universo de celebridades e entretenimento. Ambos os conteúdos foram divulgados na véspera das eleições municipais de 2024.


Esquema teria dois núcleos e movimentado mais de R$ 17 milhões

O inquérito aponta que o suposto esquema teria desviado mais de R$ 17 milhões por meio de contratos superfaturados e transferências irregulares. Conforme a denúncia, a estrutura funcionaria em dois grupos distintos: um núcleo político e outro empresarial.

A acusação cita que a prefeitura teria firmado contratos fraudulentos com as construtoras Iriri e KM — empresas que, segundo o documento, possuem o mesmo endereço. Após contratar os serviços, valores teriam sido repassados a familiares e aliados políticos. Entre os beneficiados estariam parentes do secretário municipal de Educação, Marcos Mota; do secretário de Obras, Rui Batista; além de pessoas ligadas ao vice-prefeito José Batista e ao ex-vereador Antônio Pedroza.


Gestão acumula escândalos e desgaste político

A abertura do inquérito do MPE se soma a uma série de crises que desgastam a administração de Josemar Kasarin. O prefeito enfrenta dois pedidos de impeachment, sendo um deles motivado pelo recebimento de R$ 144.666,66 em um único mês, apesar do salário oficial do cargo ser de cerca de R$ 14 mil.

Além disso, está em andamento uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suposta interferência do Executivo nos conselhos municipais. Outro ponto de tensão é o julgamento das contas do exercício financeiro de 2021, que já recebeu parecer prévio do Tribunal de Contas recomendando a rejeição.

A pressão política e judicial coloca o município de Colinas no centro de um dos maiores escândalos recentes envolvendo gestores municipais no Tocantins e deve movimentar ainda mais o cenário político nos próximos meses.

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