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Tocantins

Padre Marcos Aurélio Costa da Silva é condenado a prisão por estupro e cárcere privado de jovem no Tocantins

O padre Marcos Aurélio Costa da Silva foi condenado pela Justiça do Tocantins a 8 anos de prisão pelos crimes de estupro e cárcere privado cometidos contra um jovem de 18 anos que buscava orientação religiosa para entrar no seminário. A decisão, em segunda instância, foi proferida pela desembargadora Ângela Haonat, que reformou a absolvição […]


Crédito: Reprodução TV Anhaguera
Crédito: Reprodução TV Anhaguera

O padre Marcos Aurélio Costa da Silva foi condenado pela Justiça do Tocantins a 8 anos de prisão pelos crimes de estupro e cárcere privado cometidos contra um jovem de 18 anos que buscava orientação religiosa para entrar no seminário. A decisão, em segunda instância, foi proferida pela desembargadora Ângela Haonat, que reformou a absolvição da primeira fase do processo.

O Tribunal entendeu que o religioso se aproveitou de sua posição espiritual para atrair, manipular e violentar o rapaz, configurando abuso de autoridade, confiança e fé.

Jovem viajou acreditando em promessa de ajuda religiosa

A vítima conheceu o padre em um grupo para vocacionados nas redes sociais. Após quase dois anos de conversas, Marcos Aurélio afirmou que o ajudaria a ingressar no seminário e pediu que ele viajasse de Pernambuco até Palmas (TO), onde entregaria uma carta de recomendação.

Ao chegar à capital, a promessa religiosa se transformou em uma sequência de agressões. O jovem foi levado ao apartamento do padre, obrigado a ingerir bebida alcoólica, perdeu a consciência e acordou após sofrer abuso sexual.

Quatro dias preso dentro do apartamento do padre

Segundo os autos, o padre manteve o jovem trancado por quatro dias, sempre com a chave do imóvel escondida. O rapaz relatou ter sido obrigado a dormir no mesmo ambiente, fazer “massagens”, tocar o agressor e conviver sob ameaças constantes.

A fuga só foi possível quando o padre, por descuido, deixou a chave na porta do apartamento.

Decisão judicial: prisão e reconhecimento do abuso

A Justiça concluiu que o depoimento da vítima era consistente, detalhado e compatível com as provas apresentadas, determinando a prisão do padre Marcos Aurélio. O Ministério Público já havia recorrido da decisão anterior por considerar a absolvição incompatível com os elementos do processo.

A defesa ingressou com recursos, mas a condenação permanece válida.

Vítima vive trauma e deixou o país por medo

Após denunciar o caso, o jovem passou por acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ele relatou ter deixado o Brasil por medo e afirmou que teve sua fé destruída:
“Perdi minha vocação, minha fé e parte da minha vida.”

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